O que é a flexão verbal e quais são os tipos de flexão verbal

A flexão de tempo é uma das principais flexões verbais.
A flexão de tempo é uma das principais flexões verbais.

Neste artigo, você vai saber o que é a flexão verbal e quais são os tipos de flexão verbal. Além disso, vai descobrir quais são as vozes e as formas nominais de um verbo. E você que gosta dos conteúdos do site Gramática da língua portuguesa, conheça também os livros de seu autor. É só clicar aqui.

O que é a flexão verbal?

A flexão verbal está relacionada à conjugação do verbo, já que é responsável pela variação que um verbo sofre de acordo com o número, a pessoa, o modo e o tempo verbais. Assim, um verbo não flexionado se apresenta no infinitivo:

PROTESTAR

E, ao ser flexionado, ele sofre alterações em sua estrutura:

Eu protestava.

Tu protestavas.

Ela ou ele protestava.

Nós protestávamos.

Vós protestáveis.

Elas ou eles protestavam.

Nesse caso, o verbo “protestar” apresenta flexões de número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), tempo (pretérito imperfeito) e modo (indicativo).

Leia também: O que é e como identificar o verbo em uma oração.

Quais são os tipos de flexão verbal?

Flexão de número

  • Singular — indica apenas um ser:

Eu acordei.

  • Plural: — indica dois ou mais seres:

Nós acordamos.

Flexão de pessoa

  • Primeira — o emissor da mensagem (quem fala):

Eu não quero mais.

Nós não queremos mais.

  • Segunda: o receptor da mensagem (com quem se fala):

Tu não queres mais.

Vós não quereis mais.

  • Terceira: o referente (de quem se fala):

Ela não quer mais.

Elas não querem mais.

Portanto, as pessoas do discurso podem estar:

  • no singular: eu, tu, ela, ele.
  • no plural: nós, vós, elas, eles.

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Flexão de modo

  • Indicativo — indica certeza:

Ele comprou um cinema.

  • Subjuntivo — indica incerteza, possibilidade:

Se ele comprasse um cinema, eu ficaria feliz.

  • Imperativo — indica ordem, desejo:

Compre um cinema!

Flexão de tempo

  • Presente — algo que acontece agora:

Vejo um supermercado ali em frente.

  • Pretérito — algo que já aconteceu:

Dancei a noite inteira.

  • Futuro — algo que vai acontecer:

Dançarei a noite inteira.

Vozes verbais

  • Voz ativa — o sujeito pratica a ação:

Luiz escreveu um longo texto.

  • Voz passiva — o sujeito sofre a ação:

O texto foi escrito por Luiz.

Mas atenção! A voz passiva pode ser:

► analítica — verbo “ser”, como auxiliar, mais particípio do verbo principal:

O bolo será feito pela vizinhança.

► sintética — verbo transitivo, na terceira pessoa, acompanhado do pronome “se”:

Vende-se casa.

Vendem-se casas.

  • Voz reflexiva — o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo:

Emília torturou-se por muito tempo.

Eu torturei-me por muito tempo.

Quais são as formas nominais?

  • Infinitivo — o verbo não sofre flexão de tempo ou modo: amar, beber, sorrir, refletir etc.

Mas existem estes tipos de infinitivo:

► Pessoal — apresenta sujeito:

Permita-me lamentar.

► Impessoal — não apresenta sujeito:

Amar é bom?

► Flexionado — o verbo possui sujeito e sofre flexão de pessoa:

Por [nós] amarmos demais, sofremos muito.

► Não flexionado — o verbo possui sujeito e permanece invariável:

Vejo-a partir.

  • Gerúndio — o “r” final do verbo no infinitivo é trocado por “-ndo”: amando, bebendo, partindo, vendo etc.
  • Particípio regular — é caracterizado pelas terminações “-ado” e “-ido”: amado, comprado, bebido, partido, sido etc.
  • Particípio irregular — não segue uma regularidade: dito, escrito, posto, feito etc.

No mais, o gerúndio pode indicar um modo:

Cantando, a criança afastou-se.

Ou ter função adjetiva:

Gato miando é sinal de problema.

Já o particípio pode fazer parte de uma locução verbal: tinha amado, tinha feito etc. Mas também pode exercer função de adjetivo: o homem amado, o pé machucado etc.

Agora que você já sabe o que é a flexão verbal, que tal ler um livro? Com certeza, o romance Ted Gray tem muitos verbos flexionados, além de bastante suspense.

Leia também este livro: Da cabeça aos pés.

Referências

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 49. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.

NICOLA, José de; INFANTE, Ulisses. Gramática contemporânea da língua portuguesa. 15. ed. São Paulo: Scipione, 1999.

SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. 34. ed. São Paulo: Matrix Editora, 2021.

Este artigo foi escrito por: Warley Matias de Souza.