O que é regência verbal e regência nominal? Alguns exemplos de regência

A regência pode ser verbal ou nominal.
A regência pode ser verbal ou nominal.

Neste artigo, você vai saber o que é regência verbal e regência nominal. Além disso, vai ver alguns exemplos para entender ainda mais sobre esse assunto. E você que gosta dos conteúdos do site Gramática da língua portuguesa, conheça também os livros de seu autor. É só clicar aqui.

O que é regência verbal?

A regência verbal está associada à ligação entre os verbos e os seus complementos, que pode ser feita com ou sem preposição:

Assistia à telenovela todos os dias.

Nesse exemplo, o verbo “assistir” é transitivo indireto e, portanto, exige a preposição “a”.

Leia também: Qual a diferença entre antônimo e sinônimo? Exemplos de antônimo e sinônimo.

O que é regência nominal?

A regência nominal está associada à ligação entre os nomes e os seus complementos, que deve ser feita com o uso de preposição:

Sinto aversão a qualquer forma de humilhação.

Nesse exemplo, o substantivo “aversão” exige a preposição “a”.

E se você ainda não sabe o que é um “nome”, vou te dizer. Os nomes são: substantivo, adjetivo e advérbio.

Regências de alguns verbos

  • Agradar aos amigos (no sentido de “ser agradável”).
  • Agradar o cachorro (no sentido de “fazer carinho”).
  • Aludir ao trágico acontecimento.
  • Antipatizar com seu amigo.
  • Aspirar ao cargo (no sentido de “desejar”).
  • Aspirar o perfume (no sentido de “sorver”, “cheirar”).
  • Assistir ao comício (no sentido de “ver”, “presenciar”).
  • Assistir ao proprietário (no sentido de “ser de responsabilidade” do proprietário).
  • Assistir em Belo Horizonte (no sentido de “morar”).
  • Assistir o enfermo (no sentido de “prestar assistência”).
  • Chamar aos amigos de infiéis (no sentido de “tachar” algo ou alguém).
  • Chamar aos amigos infiéis (no sentido de “tachar” algo ou alguém).
  • Chamar os amigos (no sentido de “solicitar”, “proferir o nome”).
  • Chamar os amigos de infiéis (no sentido de “tachar” algo ou alguém).
  • Chamar os amigos infiéis (no sentido de “tachar” algo ou alguém).
  • Chegar ao escritório.
  • Desobedecer ao regulamento.
  • Esquecer os problemas.
  • Esquecer-se dos problemas.
  • Informálo do acidente.
  • Informarlhe o acidente.
  • Ir ao supermercado.
  • Lembrar o seu aniversário.
  • Lembrar-se do seu aniversário.
  • Necessitar alguns minutos ou de alguns minutos.
  • Obedecer ao regulamento.
  • Pagar a mensalidade ao diretor.
  • Pagála ao diretor.
  • Pagarlhe a mensalidade.
  • Pedirlhe um pouco de paciência.
  • Perdoar a falta.
  • Perdoála.
  • Perdoar ao empregado.
  • Perdoarlhe.
  • Preferir livros a brinquedos.
  • Responder às questões.
  • Simpatizar com seu amigo.
  • Visar ao crescimento econômico (no sentido de “ter por finalidade”).
  • Visar a vítima (no sentido de “mirar”, “ter como alvo”).
  • Visar o contrato (no sentido de “pôr visto”).

Regências de alguns substantivos, adjetivos e advérbios

  • Acessível a todos os intelectuais.
  • Acostumado a, com fazer o que bem entende.
  • Agradável aos amigos de longa data.
  • Alheio à, da realidade.
  • Amor aos privilegiados.
  • Apto ao, para o cargo.
  • Aversão às, para as, pelas injustiças.
  • Avesso às injustiças.
  • Ávido de notícias.
  • Beneficamente àqueles que trabalham.
  • Benéfico àqueles que trabalham.
  • Concomitante com as tarefas de casa.
  • Contíguo ao quarto de seu irmão.
  • Contrário aos atos de domingo.
  • Dúvida em, sobre uma matéria.
  • Equivalente ao salário mínimo.

  • Essencial para aqueles que têm fome.
  • Favorável ao réu.
  • Horror ao autoritarismo.
  • Idêntico ao livro de Machado de Assis.
  • Inerente às pessoas de caráter.
  • Longe de você.
  • Medo de não conseguir.
  • Nocivo à amizade.
  • Obediência à Constituição.
  • Ódio aos privilegiados.
  • Passível de punição.
  • Perto de mim.
  • Preferência a, por um genro.
  • [Isso é] preferível ao descaso.
  • Propício ao descontrole.
  • Próximo aos, dos irmãos.
  • Respeito ao, com o trabalhador doméstico.
  • Satisfeito com, de, em, por comprar a casa.

Agora que você já sabe o que é regência verbal e nominal, que tal ler um livro? Desta vez, eu vou te indicar o livro Pérolas aos porcos, uma narrativa de cunho político que vai te fazer pensar em outras coisas além de relações sintáticas.

Leia também este livro: Au revoir, Carolina.

Referências

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 49. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.

NICOLA, José de; INFANTE, Ulisses. Gramática contemporânea da língua portuguesa. 15. ed. São Paulo: Scipione, 1999.

SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. 34. ed. São Paulo: Matrix Editora, 2021.

Este artigo foi escrito por: Warley Matias de Souza.